À época, o então presidente Orlando Rollo anunciou, em entrevista coletiva, que o Santos cederia os 50% que tem de Soteldo ao Huachipato para encerrar a dívida de US$ 3,55 milhões (R$ 20 milhões). Assim, os chilenos teriam 100% dos direitos econômicos do jogador.
Soteldo e seus empresários entendem que o acordo é arriscado para o jogador. O Huachipato, com 100% dos direitos econômicos, poderia forçar uma negociação com qualquer outro clube – como quis vendê-lo para o Atlético-MG, por exemplo. Os chilenos não teriam o direito de vender o atacante sem que ele aceitasse, mas teriam mais força no negócio.
Soteldo só quer deixar a Vila Belmiro para ir à Europa. E entende que permanecer no Peixe é o caminho mais curto.
A um jogo da final da Libertadores, os empresários de Soteldo foram procurados informalmente por outros clubes interessados no jogador. Também por isso, o atacante teme que a evolução do acordo com o Huachipato possa atrapalhar seus planos.
O Santos, porém, ainda busca uma solução para a dívida. Em forte crise financeira, o Peixe não vê, pelo menos por enquanto, nenhuma possibilidade de pagar para ficar com 50% do atacante – o valor da primeira parcela do Lucas Veríssimo, por exemplo, será utilizado para quitar outras pendências.
Apesar de não se ver em condições de pagar o Huachipato e entender que a única saída é o acordo estabelecido por Orlando Rollo, o Santos sabe que a melhor opção seria manter 50% de Soteldo para lucrar com uma possível venda futuramente. Ao mesmo tempo, corre para se livrar da punição na Fifa.
Desde 2020, o clube e o jogador entendem que um valor ideal para uma possível negociação seria 15 milhões de euros (R$ 99 milhões, de acordo com a cotação desta sexta-feira). Com a mudança de diretoria e a chegada de Andres Rueda à presidência do Peixe, porém, o assunto ainda não foi discutido.
Enquanto isso, o Santos continua punido pela Fifa e impedido de registrar novos jogadores