O plano de defesa do Santos para se livrar da punição na Libertadores, envolvendo o volante Carlos Sánchez, é considerado um álibi arriscado por parte da diretoria santista e também da Conmebol, segundo apurou o UOL Esporte. O clube brasileiro se baseia somente no "Comet". O sistema da Conmebol é destinado, entre outras coisas, para o registro de jogadores e arquivamento de súmulas, mas a entidade sul-americana avalia que o clube deveria ter consultado a entidade em caso de dúvida

Para eles, o programa é um mecanismo de controle muito mais de inscrição do que para análise de condição de jogo, apesar de ter esse fim também. Além disso, não consta nos regulamentos que o "Comet" dá ou não condição de jogo ao atleta e, por isso, a responsabilidade do Santos de ter escalado o jogador de maneira irregular aumenta.
Por conta disso, parte dos cartolas de Santos e Conmebol acreditam que há grandes chances de o Santos ser punido, principalmente pelo histórico do tribunal de disciplina, incluindo o caso recente do Deportes Temuco contra o San Lorenzo, na atual edição da Copa Sul-Americana. O time chileno venceu por 2 a 1, mas teve o resultado mudado para derrota por 3 a 0 pela escalação irregular do meia Jonathan Requena. O Temuco alegou que consultou o "Comet" e o sistema não informou que o jogador estava impossibilitado de jogar o torneio, mas o tribunal da Conmebol não aceitou o argumentou e puniu os chilenos.
O "Caso Sánchez", inclusive, aumentou a crise interna entre membros da diretoria na Vila Belmiro. Dirigentes do clube leram o regulamento da competição continental e entendem que o programa é consultivo e não oficial. Essa ala acredita que os dirigentes responsáveis pela inscrição de atletas deveriam ter resguardado melhor o clube.
O UOL Esporte teve acesso ao documento utilizado pela antiga diretoria, que se preocupou em entrar em contato com a Conmebol para saber informações de atletas suspensos na Libertadores na edição passada, neste caso, Alison, Vecchio e Caju.
Parte dos dirigentes insatisfeitos com a conduta dos profissionais responsáveis pelo "caso Sánchez" alega que faltou uma investigação interna melhor. Para eles, os responsáveis deveriam conversar com os jogadores contratados recentemente (caso dos estrangeiros Carlos Sánchez, Bryan Ruiz e Derlis González) e perguntado se eles haviam jogado a Copa Libertadores recentemente e, inclusive, se tinham sido expulsos.
O Santos prepara a defesa exigida pela Conmebol para apresentar em audiência nesta sexta-feira, no Paraguai. Existe uma ala confiante na Vila Belmiro. Eles apostam no "Comet" e na fiscalização da Conmebol antes da partida. A reportagem também teve acesso a um vídeo em que um fiscal da entidade sul-americana comparece ao vestiário do Santos para conferir a documentação e os atletas. Sánchez aparece no vídeo mostrando a camisa 7.
A polêmica se dá por causa de uma expulsão de Sanchez em 26 de novembro de 2015, na Copa Sul-Americana, quando ele atuava pelo River Plate. O jogador deixou o clube argentino e foi para o futebol mexicano, não cumprindo a suspensão automática em competições da Conmebol.
Há quem diga que o jogador tinha condições de jogo como consequência de uma anistia promovida pela Conmebol em seu centenário, em 2016, quando diminuiu pela metade a pena em vigor de jogadores em competições sul-americanas. Como Sanchez tinha levado três jogos de suspensão, a pena caiu para uma partida. O artigo 9º do capítulo 1 do Regulamento Disciplinar da Conmebol prevê que infrações cometidas durante uma partida prescreverão após dois anos. Com a diminuição da punição, a suspensão de Sánchez teria prescrito no início deste ano.
O próprio regulamento da Conmebol, contudo, é confuso em relação ao tempo de prescrição da pena. O artigo 78 do capítulo 7 determina que a suspensão de uma partida de pessoas físicas prescreverá após três anos.
Caso se confirme a escalação irregular, o Santos corre risco de ser declarado perdedor (3 a 0) no duelo de ida contra o Independiente, da última terça-feira, pelas oitavas de final. O jogo terminou empatado por 0 a 0 e os dois times voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, no Pacaembu. Os dirigentes irritados com o caso acreditam que o time, neste caso, entraria em campo com o psicológico abalado.

Para eles, o programa é um mecanismo de controle muito mais de inscrição do que para análise de condição de jogo, apesar de ter esse fim também. Além disso, não consta nos regulamentos que o "Comet" dá ou não condição de jogo ao atleta e, por isso, a responsabilidade do Santos de ter escalado o jogador de maneira irregular aumenta.
Por conta disso, parte dos cartolas de Santos e Conmebol acreditam que há grandes chances de o Santos ser punido, principalmente pelo histórico do tribunal de disciplina, incluindo o caso recente do Deportes Temuco contra o San Lorenzo, na atual edição da Copa Sul-Americana. O time chileno venceu por 2 a 1, mas teve o resultado mudado para derrota por 3 a 0 pela escalação irregular do meia Jonathan Requena. O Temuco alegou que consultou o "Comet" e o sistema não informou que o jogador estava impossibilitado de jogar o torneio, mas o tribunal da Conmebol não aceitou o argumentou e puniu os chilenos.
O "Caso Sánchez", inclusive, aumentou a crise interna entre membros da diretoria na Vila Belmiro. Dirigentes do clube leram o regulamento da competição continental e entendem que o programa é consultivo e não oficial. Essa ala acredita que os dirigentes responsáveis pela inscrição de atletas deveriam ter resguardado melhor o clube.
O UOL Esporte teve acesso ao documento utilizado pela antiga diretoria, que se preocupou em entrar em contato com a Conmebol para saber informações de atletas suspensos na Libertadores na edição passada, neste caso, Alison, Vecchio e Caju.
Parte dos dirigentes insatisfeitos com a conduta dos profissionais responsáveis pelo "caso Sánchez" alega que faltou uma investigação interna melhor. Para eles, os responsáveis deveriam conversar com os jogadores contratados recentemente (caso dos estrangeiros Carlos Sánchez, Bryan Ruiz e Derlis González) e perguntado se eles haviam jogado a Copa Libertadores recentemente e, inclusive, se tinham sido expulsos.
O Santos prepara a defesa exigida pela Conmebol para apresentar em audiência nesta sexta-feira, no Paraguai. Existe uma ala confiante na Vila Belmiro. Eles apostam no "Comet" e na fiscalização da Conmebol antes da partida. A reportagem também teve acesso a um vídeo em que um fiscal da entidade sul-americana comparece ao vestiário do Santos para conferir a documentação e os atletas. Sánchez aparece no vídeo mostrando a camisa 7.
A polêmica se dá por causa de uma expulsão de Sanchez em 26 de novembro de 2015, na Copa Sul-Americana, quando ele atuava pelo River Plate. O jogador deixou o clube argentino e foi para o futebol mexicano, não cumprindo a suspensão automática em competições da Conmebol.
Há quem diga que o jogador tinha condições de jogo como consequência de uma anistia promovida pela Conmebol em seu centenário, em 2016, quando diminuiu pela metade a pena em vigor de jogadores em competições sul-americanas. Como Sanchez tinha levado três jogos de suspensão, a pena caiu para uma partida. O artigo 9º do capítulo 1 do Regulamento Disciplinar da Conmebol prevê que infrações cometidas durante uma partida prescreverão após dois anos. Com a diminuição da punição, a suspensão de Sánchez teria prescrito no início deste ano.
O próprio regulamento da Conmebol, contudo, é confuso em relação ao tempo de prescrição da pena. O artigo 78 do capítulo 7 determina que a suspensão de uma partida de pessoas físicas prescreverá após três anos.
Caso se confirme a escalação irregular, o Santos corre risco de ser declarado perdedor (3 a 0) no duelo de ida contra o Independiente, da última terça-feira, pelas oitavas de final. O jogo terminou empatado por 0 a 0 e os dois times voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, no Pacaembu. Os dirigentes irritados com o caso acreditam que o time, neste caso, entraria em campo com o psicológico abalado.