O Santos teve suas contas bloqueadas por uma dívida adquirida no descumprimento de sentença em briga judicial com o time de futebol americano Tsunami. No total, o clube da Vila Belmiro teve penhorados R$ 385 mil, em ação que corre em segredo de Justiça
A decisão contrária ao Santos que gerou a multa é de fevereiro de 2019. Na ocasião, a diretoria entrou em litígio com o time de futebol americano, que conseguiu medida cautelar para voltar a utilizar o centro de treinamento do clube, sob pena de multa de R$ 10 mil por descumprimento
A decisão foi favorável ao time de futebol americano por cláusula contratual que proibia a rescisão do acordo caso o Tsunami estivesse disputando algum torneio, o que estava acontecendo na ocasião. Quando a liminar saiu, o Santos cumpriu a decisão e disponibilizou o CT. Mas, quando o time foi eliminado do campeonato, parou de ceder o espaço ao Tsunami, pois entendia que o contrato estava desfeito. O acordo em questão era válido até dezembro do ano passado
Antônio Soares Júnior, presidente do time de futebol americano, diz que nunca pediu dinheiro ao Santos na Justiça. "O Santos Tsunami não entrou pedindo dinheiro de nada, dizendo que queria tanto por ter impedido de treinar ou pelos danos morais. Nunca! O juiz deu a medida cautelar, baseado no contrato e todas as infos, e o Santos tem de cumprir. O custo financeiro antes era só o de abrir o portão para os nossos treinos", afirmou Soares
Quando as partes entraram em conflito, o então presidente José Carlos Peres acusou o Tsunami de estragar a grama do centro de treinamento. "Rescindimos o contrato com o Tsunami porque eles moem os gramados do CT Meninos da Vila, mas entraram com uma liminar para utilizar o local. Eles arrebentam tudo, mancham o gramado com tinta forte... Recorremos. O juiz aceitou a mentira deles de que houve rescisão por política. Levamos as provas para análise e entramos para derrubar a liminar", afirmou Peres, na época, à Gazeta Esportiva
O ex-presidente foi procurado pela coluna, mas disse que não iria se manifestar. Fontes próximas a Peres reforçam a versão e apontam que o cartola tentou diálogo com o time várias vezes antes de proibir a entrada no CT. O Santos afirmou que não comenta casos judiciais e diz estar negociando de boa-fé com os gestores do Tsunami
Fonte UOL ESPORTE




