É um Profissional que dá muita importância à análise de desempenho, Ariel está no Santos desde 22 de fevereiro. Sob o seu comando, o time da Vila Belmiro mostra evolução tática em campo. Melhor: Ariel Holan não usa as entrevistas coletivas para pedir a contratação de reforços, como Sampaoli fazia constantemente.
Repete sempre que pode que veio para o Santos consciente da situação financeira do clube. Foi alertado por Andrés Rueda sobre a fase de penúria que assola a Vila Belmiro.
“Fui avisado pelo presidente de que o clube não pode contratar reforços”, diz.
Cuca, embora tenha trabalhado também com um grupo de jovens jogadores no Santos, também, assim como Sampaoli, não perdia a chance de reivindicar reforços.
Mesmo com o clube impedido pela Fifa de contratar, Cuca abriu as portas da Vila Belmiro para Elias, que depois foi para o Bahia e fracassou, e obrigou o Santos a contratar o zagueiro Láercio, que não agradou e foi para a Chapecoense.
Quando Andrés Rueda falou na entrevista que o técnico do Santos teria de se submeter às análises do clube na contratação dos reforços, argumentei que Cuca não tinha este perfil.
Rueda foi incisivo.
“O combinado não é caro. O Santos vai deixar bem claro que vai agir assim”, afirmou.
No Atlético Mineiro, Cuca pediu a contratação de Tchê Tchê, que estava no São Paulo. Foi atendido. Não é a primeira vez que Cuca leva Tchê Tchê com ele.
Foi assim no Palmeiras e no São Paulo.
No Santos, Cuca não teria estas regalias.
O Santos, além de não poder contratrar por causa da dívida que tem com o Huachipato, do Chile, dono dos direitos federativos de Soteldo, está muito mal financeiramente.
A ordem é prestigiar a garotada da base.
A iniciativa sempre deu ótimos resultados no clube. E tem sido um sucesso em mais um momento de em que as contas bancárias estão em frangalhos.
Ariel Holan, chamado na Argentina de “Professor”, dá sinais evidentes de que vai se adequar às necessidades do clube.
Andrés Rueda percebeu que não teria uma convivência tão tranquila assim com Cuca.
E anda feliz demais com a troca.
Cleber Silva

