O Independiente pode ter a seu favor um documento capaz de dificultar ainda mais a defesa do Santos no caso Carlos Sánchez e complicar o futuro do time na Copa Libertadores, segundo o diário "Olé".
O documento obtido pelo periódico argentino revela que o Santos encontrou-se em situação similar à atual em julho do ano passado, quando teve dúvidas se poderia escalar Alison, Caju e Vecchio na Libertadores.
Presidido à época por Modesto Roma Júnior, o Santos consultou o Comet, software de registros de jogadores na Conmebol, mas, para se resguardar, consultou também a direção de competições da confederação.
O documento enviado à entidade data de 4 de julho de 2017 e é assinado pelo Roma Júnior.
A diferença para o episódio atual é que o Santos consultou o Comet, onde teria visto que Carlos Sánchez estava apto para jogar, mas não buscou a confirmação da Conmebol.
Sánchez deveria ter cumprido suspensão por conta de uma expulsão pela Copa Sul-Americana em 2015 (leia mais abaixo). A escalação de forma irregular pode transformar o empate sem gols da última terça-feira em uma derrota do Santos para o Independiente por 3 a 0 pelo primeiro jogo das oitavas da Libertadores.
O software Comet é usado como argumento pela defesa santista. A alegação é que não constava nenhuma punição ou sanção pendente, o que fez o clube entender que Sánchez estava apto para jogar.
Santos e Independiente voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, no Pacaembu, por enquanto sem saber qual o placar deve ser considerado para efeito de classificação às quartas de final.
CASO SÁNCHEZ
Antes de entrar em campo pelo Santos, o meia Carlos Sánchez foi expulso em seu último jogo por um torneio continental, quando defendia River Plate, contra o Huracán, na Copa Sul-Americana de 2015.
Apressado com a iminente desclassificação do River, o meia deu tapas em um gandula que atrasava o reinício da partida e recebeu o cartão vermelho do árbitro Sandro Meira Ricci.
Inicialmente foi suspenso e teria de cumprir na próxima participação em um torneio da Conmebol.
Entretanto, a entidade instaurou, em 2016, uma ''medida de graça'', uma anistia, na qual reduziu pela metade todas as punições pendentes de atletas e clubes. O Santos passou a entender que Sánchez foi punido com um jogo e, por conta da sanção da entidade sul-americana, estava apto para jogar.
A diretoria do clube alega ter consultado o Comet e aponta também o fato de Sánchez ter participado normalmente do Mundial de Clubes no final de 2015, sem nenhuma restrição da Fifa.
No entanto, o livro de regras da entidade máxima do futebol deixa claro que não são válidas as ''migrações'' de suspensões entre diferentes torneios (Sul-Americana, Libertadores, Champions League etc.). Logo, tecnicamente, o uruguaio não poderia ter cumprido sua suspensão à época.
O Independiente aguardou o final do jogo e fez uma denúncia. A Conmebol abriu um processo investigamento e o Santos foi denunciado em três artigos do Regulamento Disciplinar: 7.2 f), 7.2 j) e 19.
O artigo 7 trata de "Princípios de Conduta". "Constituem, entre outros, comportamentos imputáveis e infrações sancionáveis os referidos princípios: f) não cumprir as decisões, direções ou ordens dos órgãos judiciais; j) inscrever no informe arbitral de um jogo ou escalar ao longo de uma partida um atleta não elegível para disputar a mesma".
Já o artigo 19 fala da "determinação do resultado de um jogo por responsabilidade ou negligência de uma das equipes".
É só o Santos ganhar com a diferença de gols necessárias ..simples assim !
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