José Carlos Peres não pretende investir em atletas que atuam no futebol nacional e tem dificuldades para trazer jogadores de forafora
Com poucas opções no mercado brasileiro, o Santos deu nos últimos meses preferência para negociar com jogadores que estejam no exterior. Mas as últimas tentativas da diretoria não deram resultado, principalmente pela falta de dinheiro.
O presidente José Carlos Peres, que é quem conduz diretamente as negociações do Peixe, já deixou claro diversas vezes que não pretende ir atrás de atletas que atuem no Brasil. Dessa forma, o mandatário prioriza a procura por jogadores que estão no exterior.
Para a janela do meio do ano, o Peixe traçou alguns alvos, mas a busca, até o momento, tem sido frustrante:
Bryan Ruiz e Facundo Ferreyra estão em fim de contrato com seus clubes (Sporting, de Portugal, e Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, respectivamente) foram sondados, mas deram prioridade a ofertas da Europa;Hernán Barcos, da LDU, do Equador, também esteve em pauta, mas a negociação melou;Lucas Zelarayán, do Tigres, do México, é o sonho de consumo da diretoria santista desde o ano passado, mas a tratativa é complicada e está longe de um desfecho;Favio Álvarez, do Atlético Tucumán, da Argentina, é monitorado. Se for contratado, porém, não poderá atuar na Libertadores.
Sem dinheiro, o Peixe busca "oportunidades de mercado". Ou seja, jogadores por empréstimo ou que estão em fim de contrato, que chegariam apenas por pagamento de luvas e salários.
Após a derrota para o Cruzeiro, no último domingo, o técnico Jair Ventura falou abertamente sobre a necessidade de reforços e afirmou que o problema é a falta de dinheiro no Santos.
– Eu converso com o presidente, com o vice, a gente sabe da necessidade de reforços. O problema é financeiro. Não é que a gente acha que não precisa. Hoje (domingo) a gente não tinha nem jogador para completar o banco. Mas a torcida não quer saber isso, não quer saber se não tem peça suficiente, não quer saber que o Santos está sem dinheiro. Ela quer é vencer, é isso que a gente vai procurar fazer – disse Jair.
A principal carência do elenco atual é o meio-campo. O Santos busca dois jogadores para o setor, mais um volante e um centroavante. Tudo indica que o Peixe não terá vida fácil na janela do meio do ano.
– A gente fala muito do meio-campo, mas está procurando outras posições também. É uma situação delicada falar de reforços depois de uma derrota, parece desculpa. A gente tabalha internamente para trazer algumas peças e ter um grupo homogêneo em todas as posições. O Campeonato Brasileiro é muito longo, você não ganha com time, ganha com elenco – emendou.
Dos três reforços contratados pelo Santos em 2018, apenas Sasha veio do futebol nacional. Dodô e Gabigol estavam na Itália, na Sampdoria e Internazionale de Milão, respectivamente.
Fonte:Globo esportes
