O técnico Jair Ventura sente falta da liderança de Ricardo Oliveira no Santos, mesmo não tendo comandado o jogador. Em entrevista exclusiva ao UOL Esporte, Jair reconhece que o hoje atacante do Atlético-MG tem um estilo de comando hoje em falta no seu elenco. Apesar de citar perfis diferentes neste sentido – casos de Renato, David Braz e Vanderlei, o treinador aposta em Gabigol para suprir a ausência do centroavante que foi para o Atlético-MG.
Para Jair Ventura, Gabigol é uma espécie de "liderança técnica", como Neymar na seleção brasileira, e de alguma forma "joga o grupo para cima". Após um começo de ano duro, com eliminação na semi do Paulista e uma relação conturbada com crítica e torcida, o treinador faz balanços de seu trabalho após a primeira "fase" da temporada. Em busca de um equilíbrio entre os estilos "paizão" e "linha dura", ele faz questão de dizer que é 'fechado' com os atletas: "perco o emprego, mas não perco o meu grupo".
Fiel à própria filosofia, ele defendeu que os jogadores podem falar o que quiserem, inclusive do esquema dele. Durante a entrevista, o técnico santista ainda revelou que foi rejeitado por Tite quando fez testes no Caxias-RS como jogador de futebol; por que não fala de futebol com o pai, o campeão mundial de 1970, Jairzinho; como encerrou a carreira de atleta no Gabão, na África; e até sua opinião sobre a polêmica Carille e Aguirre no Paulistão.
Confira a entrevista completa de Jair Ventura:
UOL Esporte: Sobre o aproveitamento de alguns atletas. Você tem ideia, por exemplo, de utilizar o Dodô no meio de campo até pelas dificuldades que tem encontrado na posição?
Jair: Pode haver essa variação, sim, até mesmo dentro de um jogo por características de outros jogadores. É uma coisa que já pensamos.
UOL Esporte: Esse meia, por sinal, é algo que você deseja muito. A diretoria trabalha para trazer um volante, um meia e um centroavante. Qual é a sua prioridade?
Jair: Não tem nenhuma prioridade porque penso muito em gestão de pessoas. O que eu falar hoje aqui posso matar quatro meses de trabalho. A minha prioridade é conseguir extrair o máximo dos que estão aqui. Aqueles que chegarem, esses reforços pontuais, vão ser bem vindos para deixarem o nosso grupo ainda mais forte.
UOL Esporte: Sobre o Renato, inicialmente acreditava que ele não precisaria de um trabalho diferenciado, mas acabou perdendo espaço e só voltou pela lesão do Cittadini. Mudou alguma coisa?
Jair: Pela idade é lógico que alguns treinos precisam ser diferentes, até pelo desgaste e a intensidade que são os jogos hoje, mas ele demonstrou que tem a sua importância dentro do elenco, principalmente nessa ocasião que entramos com quatro atacantes [na vitória por 2 a 1 contra o Palmeiras, pela semifinal do Campeonato Paulista]. Ali, um cara com uma leitura de jogo não vai nos dar a velocidade, mas acrescenta no passe médio e no passe longo. E esse cara não precisa de muita velocidade, se não fico só com velocidade. Quem vai municiar esses atacantes velozes se não tenho um bom passe? Então, o Renato vai ter a sua importância dentro da equipe do Santos o ano todo dependendo do momento. Os momentos que ele não jogou, queria outra situação do time. Se eu quiser qualidade de passe, o Renato vai estar. Se eu quiser mais velocidade desde os meus médios, o Renato não vai jogar. Vai ser dentro da estratégia para o momento, daquilo que estou precisando e querendo.
UOL Esporte: Nesse sistema que você gosta de jogar, o Renato não seria uma opção mais interessante para uma saída de bola do que o próprio Alison?
Jair: Eu não gosto, estou jogando hoje. E tem essa variação, se observarem vão ver que ele faz essa troca com o Alison algumas vezes, mas o Alison evoluiu muito nessa situação de passe. Um jogador que estava emprestado no ano passado, mas que vive o seu melhor ano, agora. Faz parte do treinador, também, e fico feliz. Estamos quebrando uma série de coisas: o Alison jogar, o Rodrygo fez o primeiro gol, o mais jovem da história da Libertadores .
Fonte:UOL
Para Jair Ventura, Gabigol é uma espécie de "liderança técnica", como Neymar na seleção brasileira, e de alguma forma "joga o grupo para cima". Após um começo de ano duro, com eliminação na semi do Paulista e uma relação conturbada com crítica e torcida, o treinador faz balanços de seu trabalho após a primeira "fase" da temporada. Em busca de um equilíbrio entre os estilos "paizão" e "linha dura", ele faz questão de dizer que é 'fechado' com os atletas: "perco o emprego, mas não perco o meu grupo".
Fiel à própria filosofia, ele defendeu que os jogadores podem falar o que quiserem, inclusive do esquema dele. Durante a entrevista, o técnico santista ainda revelou que foi rejeitado por Tite quando fez testes no Caxias-RS como jogador de futebol; por que não fala de futebol com o pai, o campeão mundial de 1970, Jairzinho; como encerrou a carreira de atleta no Gabão, na África; e até sua opinião sobre a polêmica Carille e Aguirre no Paulistão.
Confira a entrevista completa de Jair Ventura:
UOL Esporte: Sobre o aproveitamento de alguns atletas. Você tem ideia, por exemplo, de utilizar o Dodô no meio de campo até pelas dificuldades que tem encontrado na posição?
Jair: Pode haver essa variação, sim, até mesmo dentro de um jogo por características de outros jogadores. É uma coisa que já pensamos.
UOL Esporte: Esse meia, por sinal, é algo que você deseja muito. A diretoria trabalha para trazer um volante, um meia e um centroavante. Qual é a sua prioridade?
Jair: Não tem nenhuma prioridade porque penso muito em gestão de pessoas. O que eu falar hoje aqui posso matar quatro meses de trabalho. A minha prioridade é conseguir extrair o máximo dos que estão aqui. Aqueles que chegarem, esses reforços pontuais, vão ser bem vindos para deixarem o nosso grupo ainda mais forte.
UOL Esporte: Sobre o Renato, inicialmente acreditava que ele não precisaria de um trabalho diferenciado, mas acabou perdendo espaço e só voltou pela lesão do Cittadini. Mudou alguma coisa?
Jair: Pela idade é lógico que alguns treinos precisam ser diferentes, até pelo desgaste e a intensidade que são os jogos hoje, mas ele demonstrou que tem a sua importância dentro do elenco, principalmente nessa ocasião que entramos com quatro atacantes [na vitória por 2 a 1 contra o Palmeiras, pela semifinal do Campeonato Paulista]. Ali, um cara com uma leitura de jogo não vai nos dar a velocidade, mas acrescenta no passe médio e no passe longo. E esse cara não precisa de muita velocidade, se não fico só com velocidade. Quem vai municiar esses atacantes velozes se não tenho um bom passe? Então, o Renato vai ter a sua importância dentro da equipe do Santos o ano todo dependendo do momento. Os momentos que ele não jogou, queria outra situação do time. Se eu quiser qualidade de passe, o Renato vai estar. Se eu quiser mais velocidade desde os meus médios, o Renato não vai jogar. Vai ser dentro da estratégia para o momento, daquilo que estou precisando e querendo.
UOL Esporte: Nesse sistema que você gosta de jogar, o Renato não seria uma opção mais interessante para uma saída de bola do que o próprio Alison?
Jair: Eu não gosto, estou jogando hoje. E tem essa variação, se observarem vão ver que ele faz essa troca com o Alison algumas vezes, mas o Alison evoluiu muito nessa situação de passe. Um jogador que estava emprestado no ano passado, mas que vive o seu melhor ano, agora. Faz parte do treinador, também, e fico feliz. Estamos quebrando uma série de coisas: o Alison jogar, o Rodrygo fez o primeiro gol, o mais jovem da história da Libertadores .
Fonte:UOL