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Processo que poderia levar ao impeachment de presidente do Santos está parado
06/04/2017 | 17h34 - Atualizado em 06/04/2017 | 17h43
MICHAEL SANTOS
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Motivo é um posicionamento da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) do clube

Modesto foi acusado de pagar comissões a empresários, adiantar cotas de TV sem autorização, entre outros
(Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC)
Quase um ano após iniciado, o processo que poderia levar ao Impeachment do presidente do Santos, Modesto Roma Júnior, segue parado. O motivo é um posicionamento da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) do clube. Foi o que explicou o mandatário do Conselho Deliberativo, Fernando Galotti Bonavides.

“Não houve interferência da mesa (na decisão de interromper o caso). É uma decisão soberana da Comissão”, disse, ressaltando que, mesmo sendo o presidente do Conselho, não pode interferir na decisão da CIS. “Não temos (esse poder). A CIS é soberana”.

Este é só mais um capítulo do caso. Em abril de 2016, o Conselho Deliberativo votou a favor do parecer do Conselho Fiscal, que reprovava as contas de 2015. Contudo, um conselheiro foi à Justiça e obteve uma liminar, determinando a interrupção do processo interno.

Depois, a tutela antecipada foi derrubada. Mesmo assim, a CIS não quis retomar os trabalhos, segundo Bonavides, pelo fato de um conselheiro ter apelado na sequência.

“Houve um conselheiro que apelou. Então, a situação estão, tanto administrativamente quanto na esfera judiciosa, em grau de recursos. A CIS decidiu que processo fica suspenso até uma decisão”.

O presidente do Conselho defendeu o posicionamento da comissão. “Ela usa o termo de que seria prejudicalidade do próprio processo (continuar após a apelação). A CIS é formada por uma turma entendida, com advogados, desembargadores, militar”.

Ele também disse entender a insatisfação de integrantes do Conselho Deliberativo. Afinal, afirmou, uma decisão da Justiça pode levar bastante tempo. “Demora de dois a três anos para ser julgado”.

Entenda o caso

Como já mencionado, em abril do ano passado, houve uma votação a respeito do parecer do Conselho Fiscal. Este grupo recomendou a reprovação das contas de 2015. Isso, entre outras razões, por causa de pagamentos de comissões a empresários, adiantamento de cotas de televisão sem pedir autorização ao Conselho Deliberativo, aumento da dívida e recompra dos direitos econômicos do volante Alison.

Em votação apertada, 83 a 81, os conselheiros acataram  o parecer. A partir daí, o caso foi para a CIS, que decidiria se houve dolo da diretoria. Se fosse comprovada “má-fé”,  seria iniciado um processo de impedimento de Modesto.

Entretanto, o conselheiro Antonio Celso Pires Gonçalves foi à Justiça, pedindo que o processo fosse paralisado. Isso por entender que José Renato Quaresma, Rodrigo Marino e Jorge Correa da Costa não poderiam votar por terem feito parte do Comitê de Gestão em 2015 – já haviam sido desligados do grupo.

A liminar foi concedida. Mas, tempos depois, o mesmo juiz, Frederico dos Santos Messias, derrubou a tutela antecipada. O magistrado entendeu que, de acordo com o Estatuto Social do clube, o trio poderia participar normalmente.

Na sequência, um requerimento, obtido por A Tribuna On-line, foi assinado por 80 conselheiros, pedindo a retomada dos trabalhos. Apesar do pedido dos membros do Conselho, a CIS negou continuar pelo fato de um conselheiro ter apelado.

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