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Aos 37 anos e ‘jogando de terno’, Renato foi fundamental para o Santos em 2016 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Especialistas afirmam que os melhores vinhos são aqueles com mais tempo de vida. No futebol isso é bem diferente. Afinal, os jogadores jovens são bem mais valorizados, pois possuem um potencial de crescimento maior. Porém, um volante de 37 anos vem mudando esse estigma. Ídolo do Santos, Renato dá demonstrações claras de que realmente é como um bom vinho. Mesmo com a experiência, o atleta segue em alto nível e foi fundamental para o Santos conquistar o Paulistão, voltar à Libertadores após quatro anos e ainda ficar com o vice do Campeonato Brasileiro de 2016.
E mesmo em um Brasileirão recheado de jovens promessas, como o palmeirense Gabriel Jesus, que foi vendido para o Manchester City, da Inglaterra, Renato se destacou como o único jogador de linha de atuou em todas as 38 rodadas do torneio nacional. Mostrando que “quanto mais velho fica, melhor joga”, o santista não pretende parar por aí. Com contrato até dezembro deste ano, o volante revelou, em entrevista exclusiva para a Gazeta Esportiva, que pretende renovar seu vínculo até o fim de 2018 e não pensa em pendurar as chuteiras tão cedo.
“Eu parei agora no último dia 11 de dezembro e volto dia 11 de janeiro (risos). Tenho contrato até o final do ano. Mas quero renovar até 2018. Estou me sentindo muito bem, cada dia que venho para o CT é um prazer enorme. E vou continuar no clube enquanto eu estiver com essa vontade e gana de jogar. Depois de 2018 eu sento com a família e vejo o que faço. Mas quero ir seguindo ano após ano, buscando sempre renovar enquanto estiver bem e o Santos me quiser”, afirmou.
Uma das principais motivações para Renato seguir ‘voando’ pelo Peixe é o fato do clube disputar a Copa Libertadores da América após quatro anos de ausência. Em 2003, o volante estava no jovem grupo que foi batido pelo Boca Juniors e ficou com o vice. Neste ano, ele acredita que o elenco do Santos tem mais experiência para conquistar a competição continental.
“É o meu sonho. Em 2003 era uma equipe totalmente jovem e praticamente a mesma que venceu o Brasileiro em 2002. Faltou um pouco (de experiência). A gente sabe que a Libertadores é mais complicada. É um torneio diferente, muita mais competitivo, com mais contato. Os juízes deixam o jogo correr também. E tem a catimba, né. Existe aquela malandragem do futebol. Mas hoje acredito que o Santos tem grupo com mais experiência e maturidade que aquele de 2003. Sabemos que é dificuldade é grande, mas o sonho é maior ainda. É brigar neste ano, procurar fazer o melhor e ir com tudo para buscar o tetra para o clube.
nesta temporada, Renato terá um novo “professor”. Após saírem do Guarani e deslancharem praticamente juntos com a conquista do Campeonato Brasileiro de 2002, o volante agora verá seu ex-companheiro Elano com outros olhos. Afinal, o ex-meia encerrou a carreira em 2016 e será auxiliar técnico da equipe comandada por Dorival Júnior.
Mesmo sem cogitar a aposentadoria nos próximos anos, o camisa 8 do Peixe revelou que pretende seguir os passos do amigo e continuar trabalhando no clube após pendurar as chuteiras, mas com uma pequena condição: fugir da concentrações.
“Meu desejo é esse. Isso seria até uma forma de agradecer o Santos, que abriu as portas para mim. E é o clube do meu coração, sou santista desde pequeno. Se eu puder trabalhar assim como o Elano seria uma alegria imensa. Eu só quero evitar as viagens e as concentrações, pois sou cobrado em casa, principalmente pelos meus filhos, porque viajo bastante com o clube. E se eu ficar na comissão técnica seria sem a concentração, né. Teria que ter essa cláusula no meu contrato (risos). Eu ficaria ajudando mais aqui no CT Rei Pelé. Quero evitar a concentração para curtir mais minha família”, concluiu Renato.

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