No início da temporada o meia Diego Pituca, ainda pouco conhecido da torcida santista, lutava por um espaço no time profissional. O jogador tinha sido destaque da equipe B no vice-campeonato brasileiro de aspirantes, mas não pareceu o suficiente para chamar a atenção do time de cima.
O Campeonato Paulista começou, o Santos já ia completando sua lista de inscritos e Diego Pituca estava ainda esquecido. Foi quando Jair Ventura, técnico do time na época, o convidou para uma conversa.
Eu estava naquela de subir ou não subir. Tinha propostas e queria resolver logo pois estava perdendo tempo. Tive propostas para jogar a Série A-1 do Paulista e Série B do Brasileiro. Graças a Deus não deu certo né (risos). Sou muito grato ao Jair. Ele me chamou, disse que tinha bastante jogadores na minha posição, mas que futebol era dinâmico”, disse Pituca em entrevista exclusiva ao Diário do Peixe.
A oportunidade demorou a chegar. Fora da lista de inscrições do Paulista, Pituca só estreou no segundo tempo da partida contra o Ceará, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. O primeiro jogo como titular já foi na Copa Libertadores da América e daí pra frente Pituca não saiu mais do time.
“Na época ele não conseguiu me inscrever no Paulista pois ainda iria chegar o Gabriel e outros reforços, mas eu disse pra ele ficar tranquilo que eu iria treinar e ele iria olhar. Sou muito grato a ele por ter me subido e pela atenção que ele me dava. Esperei minha oportunidade.”
Neste sábado, Pituca volta a encontrar o técnico responsável pela sua promoção, mas desta vez como adversário. Jair dirige o Corinthians no clássico contra o Peixe, às 19h, no Pacaembu. Pituca quer dar um abraço no ex-comandante, mas só isso…
“Vou dar um abraço nele, mas fazer o que, agora ele está do outro lado. O carinho que eu sinto por ele ter me subido vou levar pro resto da vida, mas quando o juiz apita a gente esquece isso porque agora ele defende as cores do Corinthians. Não vou dar boa sorte não, sem sorte pra ele (risos)”, brincou o meia.