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Olando Rollo revela como pretende agir no comando do clube ao lado do presidente Peres

“Coloco minha visão de torcedor na administração”, diz vice do Santos FC


vice-presidente do Santos, Orlando Rollo, virou notícia na semana passada ao vetar a contratação do atacante Rafael Marques, do Cruzeiro. O jogador teve o nome riscado da lista de reforços porque, ainda no Palmeiras, em 2015, se referiu à torcida santista como “meia dúzia de gatos pingados”. Foi um ato de torcedor? Sim, mas também administrativo. Aliás, assim deve ser daqui em diante. “Coloco minha visão de torcedor na administração”, diz Rollo.

Você esteve no vestiário do jogo contra o Linense. Pretende ser mais atuante que seus antecessores?

Vou, sim (ser atuante). O (presidente José Carlos) Peres está focado na gestão. Cabe a mim acompanhar e ficar em cima do time nos jogos. E quando desafogar um pouco (o trabalho), eu estarei mais presente no CT, acompanhando treinos. Não vou para cornetar, respeitamos a comissão. É para ela sentir que estamos apoiando.

Faltava presença maior da direção no dia a dia do time?

No futebol, dificilmente dirigentes acompanham o time. Estou à vontade para falar isso, pois, antes de ser dirigente, eu acompanho o Santos aonde ele joga. Fui em quase 20 Estados do Brasil. Já vi o Santos em mais de dez países.

Muitas das partidas que acompanhou foi como torcedor. Você traz esse lado torcedor para a administração?

Coloco minha visão de torcedor na administração. O interesse dos torcedores será levado em consideração. E não é porque fui de torcida organizada que elas serão beneficiadas.

Será benéfico para o clube ter alguém colocando a emoção em uma esfera em que se prega uso exclusivo da razão?

Será bom. Administradores não têm o sentimento que a torcida tem. Não sabem o que está acontecendo nas arquibancadas. Sei captar o sentimento da torcida. Esse sentimento, temos que usar nas ações da administração. Como aceitar o jogador, por melhor negócio que seja, sem que a torcida aprove?


Se não tem aprovação, não tem que contratar. A torcida, de modo geral, tem que ser ouvida. Nossa tendência é seguir o que a torcida quer. Geralmente, é o melhor para o clube.

Por sinal, você barrou a possível vinda de Rafael Marques, que provocou o clube em 2015.

Não vamos admitir jogador que fez chacota com o Santos ou que tenha ofendido torcedores. O clube está acima de tudo e todos. Acima até do financeiro. A gente não pode trazer um jogador como esse, que fez piadas sem graça na internet, que só agradou a ele e à torcida do time que ele fazia parte.

Agindo assim, você faz gestão passional ou profissional?

Profissional. O torcedor e o associado veem alguém que tem o mesmo sentimento na administração. É diferente administrar uma grande empresa e um clube. A empresa é fria, não tem torcida. Ela tem acionistas, que visam lucro. Mas associados visam título.

E se o atleta for muito identificado com um rival? Ele será descartado?

Se nunca depreciou a imagem do Santos, por que não vir?

Aliás, vocês contrataram William Machado como gerente. Ele é muito ligado ao Corinthians.

A gente seria estúpido se barrasse a pessoa por barrar. Não é porque ele jogou anos no Corinthians que a gente vai vetá-lo. Ele nunca depreciou a imagem do Santos e é excelente profissional.

Antes, como qualquer torcedor, você criticava possíveis contratações ou se empolgava com especulações. Como está sendo negociar agora?


Não é fácil. Mas é questão de adaptação.

A presidência tem um camarote. Você pretende ver os jogos de lá?
Gostaria de alterar. Às vezes, nos camarotes e, outras vezes, na arquibancada, na social.

Como avalia o trabalho do técnico Jair Ventura?

Estou gostando. O time é praticamente o mesmo do ano passado e, mesmo assim, ele deu cara nova ao time, que é organizado, com padrão de jogo e motivado.

Ser presidente é um sonho?

Com certeza. Trabalhamos para isso, mas sem atropelar ninguém. Respeitamos o presidente Peres. Estou aprendendo muito com ele. Tudo vai ter a sua hora.

O que pensou assim que foi eleito?

A Vila voltará a ser alçapão.

E como fazer isso?

A Vila está elitizada. Queremos começar uma série de reformas. A primeira começou, que é no setor térreo, conhecido como Visa. Reformamos e baixamos os vidros. Vamos tirar todos os camarotes do setor térreo.

O que fazer contra esta elitização?

Criar setores populares. Não é porque vamos criar setores populares, por exemplo, onde é o camarote Defensores da Vila (na lateral, perto dos bancos de reservas), que o setor tem que ser ruim. Podemos dar conforto. Podemos criar uma espécie de geral na Vila, com conceitos mais modernos.

Fonte : a tribuna

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