Análise: números mostram que Santos mudou seu estilo de jogo. E melhorou..
Peixe abre mão do estilo de posse de bola implantado por Dorival, volta a apostar nos contra-ataques e chega a cinco jogos sem ser vazado. Como será contra o Sport na Vila?
Por Juliano Costa, São Paulo
23/06/2017 06h58 Atualizado há 28 minutos
O Santos estava na 16ª colocação do Brasileirão na quarta rodada, quando perdeu para o Corinthians em Itaquera, e Dorival Júnior foi demitido. Hoje ocupa a terceira posição e pega neste sábado o Sport, na Vila, às 19h, vendo de perto os líderes Corinthians e Grêmio, que se enfrentam no domingo, em Porto Alegre.
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Desde a saída de Dorival, o Santos fez cinco jogos: ganhou quatro, empatou um e não sofreu um gol sequer. Os dois primeiros foram sob o comando do interino Elano, e os três seguintes já com Levir Culpi.
Nesse período, uma rápida análise dos números mostra que o Santos mudou seu estilo: deixou de ser um time de posse de bola, que "propõe o jogo", para ser de contra-ataque.
O scout da TV Globo mostra que, nos 2 a 0 sobre o Vitória, quarta-feira, em Salvador, o Santos bateu o recorde de contragolpes que terminaram em finalização nesta edição do Campeonato Brasileiro: foram sete, dois deles puxados por Bruno Henrique e resultando em gols de Copete (veja no vídeo abaixo). Até então, o recorde de contra-ataques era de cinco num jogo (com Corinthians, Flamengo e Vasco, uma vez cada).
Os gols de Vitória 0 x 2 Santos pela 9ª rodada do Brasileirão 2017
O Santos já havia vencido dessa forma (e pelo mesmo placar) o Atlético-PR, também fora de casa, na semana passada. Na ocasião, foram quatro contra-ataques finalizados em chutes. Dois deles, de Kayke, entraram (veja abaixo).
Veja análise tática do desempenho do Santos contra o Atlético-PR
Aqui vai o dado estatístico que mostra o contraste entre o time de Dorival e o "novo Santos": nos outros dois jogos como visitante, contra Fluminense no Maracanã e Corinthians em Itaquera, o Peixe não teve nenhum contra-ataque que tenha resultado em finalização. Nenhum. Zero. Nessas duas partidas, teve mais posse de bola do que o adversário. E perdeu. Contra Vitória e Atlético-PR, o Santos teve 42% e 43% de posse, respectivamente.