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Análise: diante de um Sport bem fechado, Santos se vê obrigado a propor jogo e falha..




Sem o contra-ataque, aquilo que de melhor tem feito na temporada, time de Levir Culpi precisa ficar com a bola e trocar passes, duas coisas cada vez mais desconectadas do novo DNA alvinegro

Por Renan Cacioli, São Paulo
25/06/2017 07h00  Atualizado há 6 horas
Mais do que o placar desfavorável de 1 a 0, a derrota do Santos para o Sport, no último sábado, na Vila Belmiro, confirmou a nova realidade alvinegra: o time depende dos contragolpes para apresentar a sua melhor versão 2017. Quando não os tem e precisa propor o jogo diante de um adversário bem compactado e cuja proposta é igual à sua, ou seja, ser letal nos contra-ataques, o Peixe fica mais com a bola, mas não sabe direito o que fazer com ela.
O GloboEsporte.com já havia cantado a bola na véspera: o time de Vanderlei Luxemburgo viria à Baixada com proposta semelhante à da Ponte Preta, que arrancou o 0 a 0 dos santistas no Pacaembu, na semana anterior. Não deu outra. Na hora de marcar, apenas Diego Souza ficava mais avançado. Às vezes, até ele se posicionava atrás da linha da bola, conforme a imagem abaixo ilustra.

Linha defensiva do Sport contra o Santos (Foto: Reprodução)
Repare que a bola está lá em cima, na esquerda do meio-campo santista. Simplesmente os dez jogadores de linha do Sport recuam e esperam pela oportunidade de dar o bote e puxar o contragolpe. Foi assim, por exemplo, que o oponente criou sua primeira boa oportunidade no jogo, ainda aos 21 do primeiro tempo. Veja no vídeo que a equipe pernambucana rouba a bola no momento em que armava a retranca.

Lenis recebe, bate, mas Vanderlei pega e, na volta, chuta para fora, aos 21' do 1º Tempo
E o Santos?
Bem, com mais posse de bola (53%), os donos da casa trocavam muitos passes - foram 435 ao todo, quando sua média por jogo neste Brasileiro é de 332 por partida. O problema é que havia também espaço demais entre a trinca de meio-campistas (Thiago Mais, Renato e Lucas Lima) e o trio de ataque (Bruno Henrique, Kayke e Copete). Assim, o Santos insistia na ligação direta, tentando encobrir a primeira linha de marcação pernambucana, que geralmente tinha cinco homens. O exemplo do vídeo abaixo foi um clássico durante o jogo. Repare no buraco entre Renato e os três santistas lá na frente.

Renato tenta o lançamento, mas o lance fica com o Sport
Curiosamente, as três peças por onde a bola sempre rodava foram os piores passadores, porém, também estiveram entre os melhores nesse quesito do Peixe na derrota para o Sport.
QUANDO A BOLA PASSOU POR ELES

PASSES CERTOS PASSES ERRADOS
Thiago Maia 41 7
Renato 60 5
Lucas Lima 52 6
TOTAL DA EQUIPE 394 41
Fonte: Scout TV Globo
É bom que se destaque o papel de Bruno Henrique na partida. Pode não ter sido tecnicamente uma grande exibição, mas ninguém pode negar o quanto ele se doou em campo. Diante da dificuldades da equipe em criar, ele saiu da ponta direita para receber a bola no meio diversas vezes, na tentativa de fazer o pivô. Não à toa, foi o atleta do Santos que mais apanhou: sete faltas recebidas. O problema é que não finalizou nenhuma a gol, o que, para um atacante, pesa muito contra.
No segundo tempo, Levir Culpi tentou preencher melhor esse espaço no meio ao trocar Kayke por Vitor Bueno. Em tese, o artilheiro da equipe entraria para auxiliar Lucas Lima. Sabe quantas vezes ele tocou na bola? TRÊS!
Falha fatal
Não que o Peixe tivesse melhorado na etapa final, mas o jogo caminhava para um honroso 0 a 0 que não resolveria a vida de ninguém, porém, também não comprometia. O Sport conseguia até ali o segundo ponto de 15 disputados longe do Recife. O Santos mantinha sua invencibilidade, ampliando-a para seis partidas. O lance infeliz de Noguera definiu o resultado. A defesa alvinegra foi vazada após cinco duelos intacta.

Gol do Sport! Osvaldo aproveita falha da zaga e manda para o gol, aos 35 do segundo tempo
Claramente, Levir possui um enorme desafio pela frente. Tem de encontrar uma segunda m

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